Por Stella Prado
Ainda dá tempo de desejar feliz ano novo? Pergunta que pode soar um pouco fora de época, mas acredite, a sinceridade é sempre de bom tom. Eu penso que dezembro é o mês da hipocrisia e, por outro lado, janeiro surge como a oportunidade de se redimir, de expressar coisas sinceras e de renovar os sentimentos positivos. Um pouquinho agrotóxica mesmo, como todo começo de algo deve ser.
De volta ao batente, estamos todas juntas encarando o final de janeiro chegando, o mês das promessas e possibilidades passou muito rápido. Claro, que perdi um tempão decidindo entre Netflix e academia no primeiro dia útil de janeiro e foi difícil, mas ainda não entendi como já estamos na terceira semana do ano.
Eu amo rituais de passagem, ver listas de metas de ano novo das pessoas, stories com a legenda “1/365” de qualquer atividade realizada, é como “dar aquela espiadinha”, que você não precisa acompanhar nada, mas mesmo assim você tá por dentro de tudo. Desde as metas mais ambiciosas até as mais singelas. Falando em metas pessoais de ano novo, eu tinha uma missão que era escrever essa newsletter de janeiro depois de iniciar novos hábitos e vivê-la por trinta dias para contar em primeira mão como foi.
As palavras "mudança de hábitos" ecoaram muito na minha cabeça. Coisas como não gastar com compras impulsivas, encarar coquetéis sem álcool (um brinde à sobriedade que tá em alta entre minhas amigas aqui da BDP), suar a camisa na atividade física (porque é o novo ser cool), não pular o skincare (estamos aqui para isso, lembra?), reclamar menos (um desafio digno), me alimentar melhor (opcional) e ser a amiga mais "on" possível, mas não consegui segui-las à risca.
Eu comprei coisas por impulso, fui só três dias pra academia e sobre reclamar menos, eu até aceitei com tranquilidade ser chamada de Eustáquio por quem eu amo. Por isso, aqui vai minha grande admiração para aquelas pessoas que estão focadas em suas resoluções, vocês são verdadeiros ícones modernos. E para as outras, que assim como eu, ainda não decolaram, não se preocupem. A galera tá indo na frente, mas já já a gente chega!
Se a sua resolução de exercícios diários também foi por sofá abaixo após três dias, saiba que isso não invalida o esforço. Eu, por exemplo, falhei na missão do desafio de 30 dias que inicialmente tracei para mim em janeiro. No entanto, isso se tornou um ponto de virada. Em vez de me deter apenas exagerar na autocrítica – essa coisa “boa” de se cobrar demais que nossa cabeça faz com a gente, sabe?! –, eu decidi adotar uma abordagem mais compassiva comigo mesma.
Comprei um copo d'água Stanley! Enchi de gelo e agora uma das minhas metas é ser mais camarada com as minhas escolhas. Às vezes, ficamos tão ligadas em tarefas práticas e objetivos que podemos esquecer o valor das atividades mentais e da mudança de mentalidade. Quer saber? De que adianta eu focar em coisas importantes se o gelo na minha água já derreteu e eu to brava porque esqueci de colocar mais água na forminha?
A minha lista de 2024, agora é: ser determinada a adotar uma atitude mais positiva com adversidades. Então, ser gentil consigo mesma está in, seguindo o próprio ritmo em um mundo que as tendências estão com prazos cada vez mais curtos. Laços estão mais in do que nunca, não só na moda, mas também na construção de conexões. Cabelos coloridos estão de volta e será que eu volto pro rosa? Além disso, a tentativa de trazer de volta os anos 2010 e toda aquela estética indie também pode ser uma coisa legal, eu farei a minha parte.
Por outro lado, a era clean girl está fora. Não confiar na própria intuição também está definitivamente "out". E, finalmente, falar mal do copo Stanley? Isso é coisa do passado. Bem, esses são meus desejos de boas vindas para mais um ano e as conquistas (ou a falta delas) não vão ser motivos de desistência.
Bora, guerreiras!
Stella, obrigada pelo "feliz ano novo" mais sincero e querido da vida! <3